
Por Mario Filho
Gostaria de compartilhar algumas mensagens que troquei a respeito da condenação, sem conhecimento, das práticas sacrificiais.
Primeira mensagem:
“Tenho um restaurante e todos os funcionários estão envolvidos com magia. Qual é a cidade? É a cidade em que existe um dos mais belos templos maçônico em estilo gótico que já vi: a Augusta e Respeitável Sesquicentenária Gran Benemérita e Mui Excelsa Loja Simbólica União Constante. Iniciados nessa mesma maçonaria participam desse festival de magia religiosa. Em cada rua desta cidade há animais mortos em sacrifício, misturados com velas e envoltos em folhas de papel preto, vermelho e branco. Não entendo como membros de uma ordem que deveria combater a superstição e o fanatismo podem se envolver com isso.”
Resposta minha à mensagem acima:
“Qual a diferença entre o que você descreveu e os ritos sacrificiais elencados no Levítico ou com aqueles descritos no Cabala Prática de Robert Ambelain? São todos superstição, ou não?
“Para exemplificar, transcrevo o que Ambelain publicou: “Escolher-se-á uma pomba-rola ou um pombo macho, branco e se degolará com um cutelo de cobre, novo, após ter consagrado o animal e o cutelo ao Anjo em questão. Far-se-á, então, a ‘libação’ e a oferenda de Sangue, depois se aspergirá no traçado do Triângulo e em cada um dos três objetos ritualísticos com ele. Colocar-se-á o restante [recolhido quando da sangria, em um Copo de Cristal puro] no centro do Triângulo e dos três Objetos.” (AMBELAIN, Robert. Practical Kabbalah. pág. 255). Pode-se observar que há sacrifícios em outras tradições, além das afro-brasileiras. Todas são superstição?
“Xenofonte, um dos discípulos de Sócrates, dizia que seu mestre oferecia sacrifícios em casa e nos templos públicos. Para Sócrates, segundo Xenofonte, ainda, esse era um modo de se agradecer os deuses. Será que um dos pais da filosofia ocidental, que influenciou sobremaneira a tradição cristã, era um simples supersticioso?
“Elaborar um pantáculo, cheio de inscrições inteligíveis (geralmente hebraico ou enoquiano), que nem sempre sabemos se são corretas ou não, num dia o horário pré-determinado, consagrado a um determinado ser, que nós sequer sabemos de onde vem e o que é, não é superstição? Ou por ter caracteres cabalísticos deixa de ser supersticioso e se torna religioso?
“Acreditar em Magia, Teurgia, Goetia, Viagem Astral, Tarô, Runas, Búzios, Cristais etc é superstição ou não? Ou algumas coisas são menos supersticiosas que outras por terem um viés judaico-cristão ou serem praticados por uma comunidade eurocêntrica, caucasiana?
“São questões que me surgem ao ler sua mensagem.”
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